quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Metamorfoseantes

O cotidiano é nada demais
é coisal, igual, sacal.
O que escapa ao mesmal é demais
O que quer que seja
Cada vez que o sol nos molha diferente
a lua nos olha encantada
e as flores nos cheiram admiradas
o dia fica mais sorridente
e a gente sem dar conta
metamorfoseia.
Quando a gente convive
nem repara
mas re-conhece o amigo quase todo dia.
Quando a vida aparta
e depois parelha de novo
a gente percebe o nascemorre do outro
mas nunca o dela.
Gente é coisa esquisita
(ensinou-me meu pai).

Anotações de viagem I

Na volta à minha casa
a luz do sol me acompanhou pela cerca
Ia mesmo à velocidade do ônibus
Podia ter ficado admirando o pasto
as árvores e o gado
já que parecia estar enjoada da sua casa
que era para mim a mais bela cena
(havia ali cores que não se pode ver quando se está sob fumaças)
Mas não,
seguiu-nos
Acho que estava enamorada de mim
(Ou da tecnologia veloz)