terça-feira, 31 de março de 2009

Velório

Em dia de morte
fica aquele choro de pré-saudade.
Aquele choro medroso de não saber
se é céu ou inferno.

Medo de ser céu pra um
e inferno pro morto
(vice-versa, Deus me livre!)
e não haver reencontro.

Em dia de morte
palavreado não desfaz tristeza
e um abraço vale mais que um poema.

Se tentasse ser consolo,
esse escrito falharia.

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