terça-feira, 28 de abril de 2009

Terra de violas

Um vento montanhês acolhe e causa deleite.
Há predomínio de pedras e prosas.
O rio completa o verde
e tudo é de um prazer irrecusável.

Sabará dá preferência a violas
e se faz como um ventre
pra conceber essas caipiras-caboclas.
Basta saber fecundar bem.

Desde que gozo mais com gosto de chão
me são urgentes as dez cordas.
Se não me permito a pressa
é porque os ditos do povo previnem.

São Tomémênte visitei Sabará pra averiguar
se dali poderia vir uma verdadeira sertaneja.
Não precisou muito para decidir.
De avistar aquele povoado percebi:
“Se nascer aqui, nascerá sorrindo”

E assim eu quis.
Não vejo a hora de violar.

2 comentários:

Mariana disse...

ou tô aqui, ou tô ali.
certeza.

Susana Cecília Igayara disse...

Oi, Bruno!
Feliz surpresa, essas suas poesias. E, não por acaso, também adoro Manoel de Barros. Dê uma olhadinha nesse boletim de poesia, mantido por Carlos Machado. Você pode assinar e receber os boletins por e-mail, é uma delícia, no meio de tantos tipos de mensagens que recebemos, um poema de vez em quando... (leia no site www.algumapoesia.com.br). Quem sabe, vou encontrar um poema seu qualquer dia desses. Susana